Igreja Católica em campanha pela doação, defendendo que quem faz da própria vida uma oferta para os outros dá um belo exemplo de caridade cristã.
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AIgreja Católica acompanha o programa científico e técnico que, na medicina e na saúde, tem permitido, através da transplantação, dar mais saúde e mais qualidade de vida a muitos doentes que, sem essa intervenção, teriam uma saúde muito limitada.
Lembra que os papas João Paulo II e Bento XVI defendem a transplantação de órgãos como testemunho de caridade, porque assim se faz da própria vida uma oferta para os outros.
A missão da Pastoral da Saúde da Igreja é acompanhar os doentes e as suas famílias, em momentos de maior dificuldade, e dar apoio aos profissionais de saúde na sua actividade clínica, sempre que estes lho peçam em ordem ao melhor bem-estar da pessoa doente. Reconhece o trabalho que se está a fazer em Portugal para responder ao progresso da medicina em ordem aos transplantes de órgãos, o que tem permitido a vida a milhares de pessoas.
Numa iniciativa da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, estiveram, em Fátima, 600 participantes em encontro nacional, que encerrou em 3 do corrente. Foi decidido "apoiar a reflexão, nas comunidades cristãs, escolas, paróquias e movimentos sobre a cultura da solidariedade que convida à doação de órgãos, quer em vida, quer pós-morte, como forma privilegiada de caridade; elaborar material de informação que dê notícia das muitas situações clínicas em que a transplantação de órgãos proporciona às pessoas que eram doentes quer a cura das suas limitações quer a qualidade de vida que sempre desejaram ter; sugerir aos núcleos paroquiais da Pastoral da Saúde já presentes em muitas comunidades cristãs que criem grupos de dadores de sangue e, simultaneamente, grupos que se proponham estudar as situações em que muitas pessoas se podem tornar dadores de sangue e dadores de órgãos em vida ou depois da morte; valorizar o papel dos capelães e outros agentes de assistência espiritual e religiosa, nos hospitais e centros de transplante, em diálogo interdisciplinar com as equipas técnicas e participando, nomeadamente, no apoio espiritual e humano a dar aos doentes em proximidade de transplante, às suas famílias e, ainda, aos dadores de órgãos quando necessário, sabendo que razões da natureza espiritual e religiosa podem, por vezes, ajudar a vencer dificuldades infundadas quer quanto à transplantação, quer quanto à doação de órgãos".