Colheita de dadores falecidos atinge máximo. Médicos atribuem facto a melhor organização e sensibilização.
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Até ao final de junho, foram transplantados 498 órgãos em Portugal, um novo recorde da década, ultrapassando o anterior máximo registado nos primeiros seis meses de 2016 (476). Os dados do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), a que o JN teve acesso, mostram uma retoma após a pandemia: no primeiro semestre foram transplantados mais 133 órgãos (36,4%) do que no mesmo período de 2022, ano em que acabaram por ser realizados 814 transplantes no total, mais 15 do que em 2021.
“O aumento da transplantação deve-se, essencialmente, à colheita de órgãos de dadores falecidos: estamos muito bem organizados, todos os hospitais que fazem colheita têm um coordenador da doação para a deteção de eventuais dadores. Mas também à sensibilidade da sociedade, o que é de louvar”, apontou ao JN Cristina Jorge, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT).