Transportes no Porto: "Às vezes não dá para entrar no metro com tanta gente"

Esperar pela próxima composição para entrar no metro ou viajar em carruagens sobrelotadas um cenário cada vez mais comum para quem utiliza diariamente os transportes públicos. A redução dos preços justifica a procura. Manuel Neves, 70 anos, abriga-se da chuva na Estação de Campanhã, no Porto, onde confluem todos os comboios urbanos da região Norte, com ligação ao metro e autocarro. É ali que apanha o metro até ao Hospital de Santa Maria para fazer fisioterapia. Para trás deixa uma viagem de autocarro desde Entre-os-Rios, em Penafiel. Tudo com um título mensal de 30 euros. Não se surpreende quando lhe dizemos que foram vendidos perto de meio milhão de passes em setembro. "Ainda esta semana, na Trindade, estava uma fila enorme de pessoas para carregar o cartão", atira, lamentando apenas que o terminal de autocarros em Campanhã, junto à rua Justino Teixeira, a caminho da estação de metro, não tenha condições nos dias de mau tempo.