Tribunal nega pedido de Boaventura para denunciantes não falarem publicamente sobre o caso
Na sequência da ação cível de Boaventura de Sousa Santos contra quatro mulheres que o acusaram de assédio, o sociólogo requereu uma medida provisória para que as denunciantes não falassem publicamente sobre o caso, mas o tribunal rejeitou o pedido.
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O sociólogo português, acusado de assédio sexual e moral por várias investigadoras que passaram pelo Centro de Estudos Sociais (CES), em Coimbra, interpôs uma ação cível contra quatro mulheres, pertencentes a um coletivo de denunciantes, para proteção do seu bom nome e honra. Na terça-feira, aquando do anúncio da saída do CES, Boaventura de Sousa Santos revelou que vai interpor uma nova ação cível contra mais mulheres. Desta vez, contra as "não residentes" em Portugal.
A primeira sessão da ação cível aconteceu a 15 de novembro, mas foi suspensa. Na altura, o advogado do sociólogo, João Correia, disse que a suspensão ocorreu porque a "parte contrária", ou seja, das denunciantes, tinha alguns dias para entregar documentos. Por seu lado, a advogada das quatro mulheres referiu que "estes assuntos não devem ser tratados neste tipo de processos". "O que leva a que hoje [15 de novembro] não se tenha progredido e que teremos de aguardar", apontou Lara Roque Figueiredo.