Distribuição pelas unidades locais de saúde gera críticas. A de Almada-Seixal pediu 14 vagas, tem 38 mil utentes sem médico, mas só pode contratar um.
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O Ministério da Saúde abriu 225 vagas para contratar especialistas em medicina geral e familiar (MGF), mas a distribuição pelas unidades locais de saúde está a gerar críticas. A ULS Almada-Seixal (ULSAS), cujos concelhos que serve somam 38 mil utentes sem médico de família, pediu a abertura de, no mínimo, 14 vagas, mas teve direito a uma.
O aviso do concurso feito pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), com o respetivo mapa de vagas, foi publicado na sexta-feira em “Diário da República”. Desde então, têm surgido reclamações e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) está a fazer o levantamento dos casos críticos no Norte. Segundo adiantou ao JN Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, a discrepância entre vagas pedidas e concedidas não afeta só a medicina geral e familiar, cujo concurso voltou a ser centralizado, mas também as especialidades hospitalares. Nestes casos, os concursos são feitos pelas ULS, mas as vagas a abrir carecem de autorização.