A esmagadora maioria dos eleitos nas legislativas antecipadas de 18 de maio tem experiência como deputado à Assembleia da República. É o caso de 75% dos candidatos que conseguiram concretizar a sua eleição, enquanto um quarto é estreante nestas funções.
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Segundo os dados publicados pelo Instituto Mais Liberdade na sua página da Internet, ainda sem as substituições de deputados e com os valores arredondados, verifica-se que à volta de 60% têm experiência entre uma e três legislaturas, 15% ultrapassam as três e cerca de 24% não são experientes nestas andanças do Parlamento.
Numa análise por partidos, o peso de deputados eleitos sem experiência na Assembleia da República é de 25% no PSD, de 27% no Chega, de 21% no PS, aumentando para 33% nos casos das bancadas da Iniciativa Liberal e do Livre. Destaque ainda para o estreante JPP, que conseguiu eleger um deputado. PCP e CDS-PP, o parceiro da coligação do Governo, não elegeram ninguém sem experiência parlamentar, e o mesmo acontece com a deputada única do Bloco de Esquerda, a sua líder Mariana Mortágua. Pelo PAN, repete o mandato a deputada e porta-voz do partido, Inês Sousa Real.
Mais gestão e direito
No que toca às profissões dominantes no hemiciclo, continua a liderar o Direito, mas Gestão está muito próxima. No total de eleitos, a primeira representa 23% e a segunda 21%. Seguem-se o Ensino com 14% e as Ciências Sociais com 12%. De seguida, é apresentada a área de Engenharia e Ciências, que corresponde a 9% dos eleitos em maio, enquanto Saúde fica apenas com 6%.
O PSD é o partido com maior percentagem relativa ao Direito, com 32%, sem contabilizar os eleitos desta área que suspenderam para assumir funções no Governo. E são 20% oriundos da área da Gestão. No Chega, a ordem inverte-se: 33% para Gestão e 17% para Direito. No PS, em primeiro surgem as Ciências Sociais com 22%, depois o Direito com 17 e o Ensino com 16%, nas profissões que dominam