Uma casa para nove pessoas e mais duas histórias da crise da habitação
Coletivo alerta para agravamento da crise habitacional. Despejos e casos de contratos não renovados aumentam. Catarina não pode mudar de casa devido aos preços altos. Irminda e a família foram surpreendidos com intenção de despejo. António completou o primeiro ano do mestrado sem um teto.
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Apesar das medidas prometidas, a falta de soluções imediatas que garantam um acesso à habitação e um controlo dos preços elevados tem ganho proporções mais gravosas na vida das pessoas, com casos de despejo e de oposição à renovação dos contratos a aumentar. O alerta é do coletivo Casa Para Viver que volta hoje à rua, com manifestações marcadas em 22 cidades do continente e ilhas.
“Apesar dos múltiplos pacotes, políticas e medidas, neste momento, o que sentimos é que continuamos sem ter acesso a uma casa para viver. Que os jovens não têm qualquer tipo de perspetiva neste país. Que há um aumento das pessoas a viver em tendas e das que não têm outra solução senão voltar a construir barracas”, elenca, ao JN, Rita Silva, porta-voz da Vida Justa, um dos movimentos organizadores do protesto em Lisboa.