A colangite biliar primária, problema crónico que atinge o fígado, é diagnosticada em fases cada vez mais precoces graças às análises de rotina. Porém, pode ser assintomática e quando há sintomas eles nem sempre são claros para o doente.
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Há um alerta que importa: a patologia pode progredir até à cirrose e obrigar a um transplante.
Comecemos pelo princípio, por perceber o que é esta doença, a colangite biliar primária, que é autoimune, crónica e progressiva. “O fígado produz bílis e neste órgão temos canais biliares que conduzem a bílis até à vesícula biliar, que depois se esvazia no intestino no sentido de ajudar a digestão. No fundo, o que acontece nesta doença é uma destruição desses canais biliares dentro do fígado, comprometendo a drenagem da bílis até ao intestino”, resume Pedro Narra Figueiredo, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia. De forma simples, os canais biliares vão ficando, progressivamente, obstruídos, não permitindo a passagem da bílis e isso acaba por ter consequências ao nível do fígado.