Negação, manipulação e coação. Um estudo levado a cabo por um investigador do Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (ISPA) mostrou que uma em cinco pessoas LGBT+ em Portugal são sujeitas a práticas de conversão para forçá-las a mudar a sua orientação sexual ou identidade de género.
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Dos inquiridos que afirmaram ter iniciado o processo, mais de metade sentiu-se obrigada a fazê-lo. A maioria das vítimas é jovem e foi pressionada pela própria família.
“Apesar de estar em linha com muitas das estatísticas de vários países, surpreendeu-me que, pelo menos, uma em cinco pessoas LGBT+ passou por este processo. Queria acreditar que não seria uma prática tão corrente na nossa sociedade, exatamente à luz do nosso enquadramento legal, que foi alvo de uma série de progressos nos últimos anos. Mas, infelizmente, os progressos legais não equivalem à mudança social no imediato” afirma, ao JN, Pedro Alexandre Costa, investigador do William James Center for Research do ISPA.