Joana Fraga, 22 anos, estudante de Engenharia e Gestão Industrial, na Universidade do Minho, é também tesoureira-adjunta da Associação Académica., instituição cujas instalações em Braga estão prestes a ser substituídas por umas novas no campus de Gualtar, em Braga. Outras preocupações são falta de cantinas em alguns polos e as dificuldades de alojamento no próximo ano letivo.
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Os amigos de Joana Fraga dizem que a estudante de Engenharia e Gestão Industrial está a fazer "Erasmus" em Braga. Desde o início do ano que, quase todos os dias, sai do campus de Azurém, em Guimarães, onde estuda, para ir trabalhar como tesoureira na Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), instalada na Rua D. Pedro V, na cidade dos arcebispos.
E é ali que "quando passa um autocarro, a sede treme", conta ao JN Urbano. Por isso, o projeto a ser desenhado para as novas instalações, no campus de Gualtar, em Braga, "é uma luz ao fundo do túnel", ambicionada por toda a comunidade académica.
Natural de Vila Real, Joana Fraga chegou há quatro anos a Guimarães para estudar na Universidade do Minho. À semelhança da realidade do campus de Gualtar, onde acaba por passar, agora, algum do seu tempo, elogia as instalações, as condições das bibliotecas, as salas de estudo abertas 24 horas por dia e a qualidade das refeições na cantina e nos bares, "a preços acessíveis, abaixo dos que se praticam na rua".
Temos o campus de Couros e, agora, o Teatro Jordão, e não há bares nem cantinas. É um problema que já foi identificado, inclusive pelo reitor
Mas, ressalva a futura engenheira, há quem não tenha acesso fácil aos mesmos privilégios. "Temos o campus de Couros e, agora, o Teatro Jordão, e não há bares nem cantinas. É um problema que já foi identificado, inclusive pelo reitor, e ainda não encontraram solução. Esses estudantes são mesmo obrigados a deslocarem-se até Azurém ou a procurar a oferta no mercado normal", explica Joana Fraga.
Ao reitor, acrescenta a estudante, já chegou, também, outra necessidade, relacionada com as questões de género. "Faltam casas de banho unissexo. Há casas de banho para homens e para mulheres e é um problema para quem não se identifica com nenhum dos sexos", esclarece.
Mas estudar entre Braga e Guimarães traz, também, dificuldades ao nível do alojamento ou da mobilidade. "Em setembro, vamos receber mais dezenas de milhares de alunos novos e não vamos ter lugar para os colocar a dormir, outra vez", antevê a jovem.