“Mais de 1,8 milhões de razões para agir” é o nome do manifesto da UNICEF que pretendecolocar os direitos das crianças no debate político. O manifesto surge no contexto das eleições legislativas de 2024.
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A UNICEF divulgou um manifesto com o objetivo de apelar aos decisores políticos que sejam agentes na mudança e debatam as condições das crianças carenciadas portuguesas. “Mais de 1,8 milhões de razões para agir” é o nome que dá vida a este manifesto. Em Portugal, existem 1, 8 milhões de crianças e uma em cada cinco vive em situação de pobreza. Devido às condições das famílias, nem todas as crianças têm o mesmo acesso à educação e saúde e a UNICEF quer mudar isso.
“Quando priorizamos as crianças e melhoramos as suas condições de vida, contribuímos para o seu pleno desenvolvimento e participação ativa na sociedade. Ao mesmo tempo, elevamos o bem-estar das famílias e comunidades, com um efeito multiplicador positivo para toda a sociedade”, lê-se no manifesto divulgado.
As eleições legislativas em Portugal estão marcadas para o dia 10 de março e a agência das Nações Unidas vê nesta data uma oportunidade para a concretização dos Direitos da Criança.
A UNICEF propõe uma estratégia que esteja focada na criação de uma pasta ministerial que possua representação infantil, na erradicação da pobreza infantil e igualdade de oportunidades, no reforço dos serviços de qualidade promotores da equidade, na proteção contra toda a violência, na promoção de um ambiente saudável e sustentável e na participação ativa das crianças nas decisões que as abrangem.
O manifesto apresentado tem 12 páginas e revela estatísticas para cada uma das estratégias propostas, evidenciando o que consideram ser um problema com grande urgência de soluções.
A diretora executiva da UNICEF Portugal, Beatriz Imperatori, defende que “este é um momento de oportunidade, de renovação do compromisso com a defesa dos Direitos da Criança e oportunidade de reconfiguração do modelo de governação político. Investir nos 1,8 milhões de crianças é investir para além da criança, é investir nas famílias, é investir em toda a sociedade”.
Nesse sentido, a UNICEF Portugal é esta segunda-feira recebida pelo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, para abordar a temática da proteção das crianças.