Piscina da Faculdade de Desporto do Porto está a 26ºC. Reitor busca alternativa para aquecê-la.
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A Universidade do Porto, mal saiu a resolução do Conselho de Ministros, decidiu baixar a temperatura da água da piscina coberta da Faculdade de Desporto para os 26ºC. É utilizada pela comunidade académica, onde se incluem atletas de alta competição, mas também por crianças nas aulas de natação. O uso de equipamento térmico foi aconselhado nos casos de maior sensibilidade, mas, ao JN, o reitor António de Sousa Pereira revela estar já a trabalhar numa alternativa para aquecer a piscina. E que passa por comprar calor ao Hospital de S. João.
"Estamos a tentar encontrar uma solução alternativa para manter a água quentinha" e "arranjar soluções, porque o Mundo não vai voltar a ser como era", explica o reitor da Universidade do Porto. Para o efeito, está em negociações com o Hospital de São João, que fica em frente à Faculdade de Desporto, unidade hospitalar "que está a fazer cogeração", estando a ser "avaliada a possibilidade de comprar esse subproduto, que é o calor, e utilizá-lo para aquecer a piscina".
Uma solução, explica, "tecnicamente relativamente simples". E que resolveria o problema do impacto da baixa temperatura da água nos utilizadores daquele equipamento. "Temos a noção de que esta temperatura devia superior, temos atletas de alta competição", prossegue o reitor e também médico.
Faturas disparam
No polo da Asprela, a Universidade do Porto tem já painéis solares a funcionar, nomeadamente na Faculdade de Psicologia. Que, "nos picos de produção de eletricidade, a que não é gasta é deduzida na Faculdade de Economia". Cujo edifício, da autoria do arquiteto Alfredo Viana de Lima, está classificado como monumento de interesse público, impossibilitando a instalação de painéis solares, esclarece o reitor.
Medidas de eficiência, aproveitando inclusive os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência para as comunidades energéticas, numa altura em que, explica António de Sousa Pereira, a fatura da eletricidade subiu mais de 200% e a do gás disparou mais de 300%.
Aliás, conforme o JN noticiou, as instituições de Ensino Superior fizeram já um levantamento, para as Finanças, dos custos com energia. Estando, ainda, a decorrer negociações no sentido de uma eventual compensação orçamental por aquele acréscimo.