Urgências a colapsar vão atrasar socorro do INEM e ocupar meios mais tempo
Presidente do INEM preocupado com recusa às horas extra nos hospitais. Há cada vez mais vozes a alertar para risco muito sério e já se pede a intervenção do primeiro-ministro.
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Os constrangimentos no funcionamento das urgências vão ter impacto também no socorro pré-hospitalar, esperando-se atrasos na resposta e meios ocupados durante mais tempo. À medida que as horas passam, cresce a preocupação. O número de médicos que se recusam a fazer horas extra nos hospitais acima do limite legal está sempre a aumentar - ontem de manhã, a Federação Nacional de Médicos estimava que fossem mais de 1500 - e esperam-se grandes dificuldades já a partir de amanhã, domingo. A situação parece descontrolada e já se pede a intervenção do primeiro-ministro.
O presidente do INEM reconhece que, se houver muitas limitações nas urgências “podem surgir mais dificuldades, haver meios ocupados durante mais tempo e a resposta que antes era dada, por exemplo, em 30 minutos [fora das zonas urbanas] poderá ser alargada se o doente tiver de ser transportado para um hospital mais longe”.