Pela primeira vez numa eleição regional, serão hoje utilizados selos de segurança nas urnas espalhadas por 292 secções de voto, onde quase 254 mil eleitores são chamados a eleger, pela 13.ª vez, 47 deputados à Assembleia Legislativa da Madeira.
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Ao JN, o Ministério da Administração Interna (MAI) explicou que os selos de segurança são para “eliminar situações que habitualmente dão origem a reclamações”. Esta solução “foi testada, pela primeira vez, nas mesas de contagem e apuramento dos votos – por via postal – dos portugueses residentes no estrangeiro nas eleições legislativas de 2022”, recorda o MAI.
Questionado pelo JN sobre o motivo desta inovação, o MAI respondeu que “a uniformização na selagem das urnas permite eliminar situações que habitualmente dão origem a reclamações junto das mesas de voto, por parte de eleitores e de delegados dos partidos/candidaturas”.
“A utilização dos selos de segurança para fecho das urnas são, assim, uma garantia de que se encontram fechadas durante todo o período de votação e até ao início dos procedimentos para apuramento dos resultados”, sublinhou. A Comissão Nacional de Eleições deliberou, em 2019, no sentido de se usarem selos de segurança nos atos eleitorais e referendos.
No boletim de voto das eleições da Madeira estão 13 candidaturas: Partido Trabalhista Português, JPP, BE, PS, Chega, RIR, Partido da Terra, ADN, Somos Madeira (PSD/CDS), PAN, Livre, CDU e Iniciativa Liberal.
Existem 292 secções de voto nos 127 locais em todas as 54 freguesias dos 11 concelhos da região. O recenseamento aponta para 253 865 eleitores. Foram produzidos 305 750 boletins de voto e 682 boletins ampliados.
Últimos resultados
O PSD perdeu, em 2019, a maioria absoluta que sempre teve desde 1976. Elegeu 21 deputados e foi forçado a formar um Governo de coligação com o CDS (três deputados). O PS consegiu nas últimas regionais o melhor resultado de sempre ao eleger 19 deputados. O Juntos Pelo Povo (JPP) conseguiu três e a CDU apenas um.