Desde 26 de janeiro que a Segurança Social está a atender por videochamada, contando, até agora, 217 atendimentos.
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O regime está disponível para serviços relacionados com contribuições, empresas, proteção jurídica e "no âmbito das relações internacionais", segundo Sofia Carvalho, vogal do Instituto da Segurança Social (ISS). A partir desta semana, será alargado a serviços "no âmbito da covid-19 relacionados com o desemprego". Os contribuintes mostram-se satisfeitos e surpreendidos pelo bom funcionamento do novo modelo.
A iniciativa surgiu "pela necessidade de aumentar a capacidade de resposta e diminuir o tempo de espera até ao atendimento presencial, agravado pelo contexto pandémico". Neste momento, há nove balcões da Segurança Social, em quatro distritos, onde este serviço é assegurado por um ou dois trabalhadores. Será alargado a mais cinco balcões, num total de até 28 funcionários, que estão no atendimento da Segurança Social, mas também em teletrabalho.
Sofia Carvalho explica que o serviço "é sugerido no momento da marcação" para um atendimento presencial, sendo a resposta dada em média em dois dias e para as zonas do país com tempos de espera mais longos. Lisboa e Porto somam mais de 65% dos atendimentos por videochamada, seguidos de Aveiro e Setúbal.
Onde espera é mais longa
"A distribuição é uniforme" pelo país, já que o serviço é utilizado como alternativa nos locais com mais tempo de espera, sendo que "zonas menos pressionadas estão a atender zonas mais pressionadas". O serviço está disponível para cidadãos em qualquer zona do país e até no estrangeiro. Sofia Carvalho admite que "há uma forte expectativa que este serviço se mantenha" e "a previsão é que seja alargado a outros serviços".
A reação dos cidadãos tem sido "genericamente muito boa", apesar de haver os "que não se sentem tão confortáveis ou não têm as ferramentas necessárias".
Ricardo de Sousa, empresário, já tinha sido atendido presencialmente na Segurança Social duas vezes até "já ter quase desistido". Em julho fez o primeiro pedido de atendimento, por uma questão relacionada com as contribuições fiscais. Residente em Aveiro, conta que foi atendido "com pouca atenção" e o que lhe foi devolvido "nada tinha a ver" com a sua necessidade.
Quando procurou, mais uma vez, o atendimento, foi-lhe sugerido o regime online. O colaborador da Segurança Social "percebeu a necessidade" e marcou uma segunda sessão, em que prestou todos os esclarecimentos. Ricardo de Sousa recebeu o documento em PDF "três dias depois" e em papel, pelo correio, quinze dias mais tarde.
Vanessa Rodrigues, residente em Setúbal, precisava de um novo cartão de seguro de doença, mas "só havia datas para depois da partida" para o estrangeiro. Esperou dois dias e foi atendida por videochamada. Diz que o serviço online "é melhor" que o presencial, deixando elogios para "a disponibilidade e simpatia" dos funcionários.
Como usufruir?
Este serviço ainda não está disponível através de marcação. É sugerido pela Segurança Social quando o tempo de espera para o problema é muito longo.
Quais os serviços?
Neste momento podem ser atendidos por videochamada os serviços de contribuição direcionados a empresas, para proteção jurídica e relações internacionais.
Como funciona?
A plataforma não requer instalação, apenas acesso à internet e email.