Adaptada à ómicron XBB.1.5, a vacina contra a covid que esta sexta-feira começa a ser administrada a maiores de 60 anos ou utentes com doenças de risco protege contra a sub-linhagem agora dominante, a XBB.1.9 (EG.5). A comunidade científica está atenta a uma nova variante, com mais de 30 mutações, de que pouco se sabe.
Corpo do artigo
Ao JN, Luís Graça recorda que, há um ano, quando arrancou a campanha de vacinação sazonal contra a gripe e a covid, a vacina inicialmente administrada “foi desenvolvida para a ómicron BA.1 quando a que estava em circulação era a BA.5”. A que começa esta sexta-feira a ser dispensada “está já adaptada a uma variante XBB”, sendo que a “variação progressiva da variante pode fazer com que a vacina não tenha tanta efetividade a prevenir a infeção, mas contra a doença grave mantém-se”, explica o imunologista do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes. “Todos os dados sugerem que vai ser capaz de dar essa proteção contra doença grave”, vinca.
“Com o número de casos a aumentar, mas não de forma preocupante” – Portugal regista 11 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes, abaixo do limiar de 20 –, “antecipa-se que com esta vacinação será possível evitar internamentos nessa faixa etária e criar condições para passar esta fase com tranquilidade, tendo os mais vulneráveis protegidos”, sublinha Luís Graça.