A Direção-Geral da Saúde já emitiu a norma que inclui no Programa Nacional de Vacinação as vacinas da meningite B para as todas as crianças até um ano de idade e a do vírus do papiloma humano para os rapazes. A norma, publicada no domingo à noite, entra em vigor a 1 de outubro.
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A vacina da meningite B deve ser aplicada aos 2, 4 e 12 meses de idade. A do vírus do papiloma humano (HPV), que já era dada às raparigas aos 10 anos, passa também a ser recebida pelos rapazes a partir dos 10 anos. As crianças que já tiverem iniciado a vacina contra a meningite B podem completar o esquema de vacinação no Programa Nacional de Vacinação (PNV) até à véspera de fazerem cinco anos.
O mesmo se aplica aos rapazes na HPV. Os que já receberam a primeira dose, podem receber a segunda seis meses após a primeira, ou até fazerem 27 anos de idade.
Estas são duas das três vacinas cuja inclusão no PNV foi determinada pela Assembleia da República, no Orçamento do Estado de 2019. Fica a faltar a do rotavírus que, segundo a DGS, "será administrada a grupos de risco a partir de dezembro de 2020".
Recorde-se que a decisão do Parlamento foi muito contestada por vários setores da área da saúde, como a Ordem dos Médicos, que acusou os deputados de não respeitarem a DGS, que não foi ouvida, nem os profissionais de saúde.
No entanto, as propostas do PCP, aprovadas com os votos contra do PS e do CDS-PP, e as do BE e PEV partiam do pressuposto que estas vacinas já eram amplamente receitadas pelos pediatras. E que, por terem um preço elevado, acabavam por ser um fator de exclusão social.