As empresas de aviação foram fortemente atingidas pela pandemia e o retorno vai ser difícil. Voltaremos a viajar, mas seguramente haverá muitas mudanças de forma a garantir as regras de distância, etiqueta, higienização das mãos e utilização de máscaras em ambientes fechados.
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A fila para entrada noutros países
À medida que os países vão controlando a sua situação internamente vão ter que acautelar que o perigo não vem de fora. Assim, é previsível que exijam uma avaliação clínica à entrada (pesquisa de febre e/ou teste para o novo coronavírus) e/ou quarentena de 14 dias antes de circular livremente.
Vai precisar de mais do que o passaporte
Alguns países, exigirão que traga o resultado do teste para o novo coronavírus - e poderá ver a sua entrada recusada se não tiver um certificado de imunidade.
Higienização
A regra de higienização frequente das mãos vai exigir o transporte de desinfetante e os quartos de banho terão de ter regras de utilização e higienização diferentes.
Máscaras de design
Já se começa a ver produção de máscaras de design, com o mesmo padrão da gravata ou da camisa. Da mesma forma que assistimos à produção de bagagens de viagem de luxo e elegantes, provavelmente passaremos a ver máscaras elegantes partilhadas no Instagram.
O estigma de um espirro
Ninguém vai querer viajar com sintomas gripais. A aparência que terá se tossir ou espirrar num aeroporto será assustadora.
Os assentos serão mais espaçados
Espero finalmente ter espaço para as pernas e não ter que partilhar o apoio de braço com o vizinho. A distância de dois metros poderá não ser cumprida, mas o espaço entre viajantes terá de aumentar - a máscara é apenas um complemento das restantes medidas e a distância, a par da higiene das mãos, é a chave para o controlo da epidemia.
Para além das regras, que mudarão, o nosso comportamento nos aeroportos e nos aviões será fundamental para a proteção individual e coletiva.
*Pneumologista