Ventura anunciou apresentação para Belém nos Jerónimos, mas afinal é só em vídeo
Foi anunciada com pompa e circunstância pelo Chega, mas, afinal, a apresentação de André Ventura às eleições presidenciais, em 2026, vai ficar-se por um vídeo. A iniciativa pública foi adiada para dia 24 de maio.
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Num comunicado enviado às redações, o Chega referiu que o evento formal de apresentação pública da candidatura de André Ventura a Belém vai realizar apenas daqui a três meses, no dia 24 de maio. O evento estava marcado para esta sexta-feira, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, mas foi substituído por discurso em vídeo, que será o tiro de partida de Ventura para a corrida presidencial.
No início de janeiro, André Ventura enviou uma carta aos deputados do Chega a informa-los da sua decisão, referindo a data e o local icónico para a apresentação pública. "As razões são diversas, mas prendem-se essencialmente com a necessidade de termos uma candidatura que represente o espaço da Direita anticorrupção e anti-imigração sem confusão com os políticos que toda a vida defenderam o contrário e agora se pretendem apropriar do nosso espaço político", escreveu na missiva.
A maratona até Belém já não é nova para Ventura. Em 2021, disputou pela primeira vez as eleições presidenciais, mas ficou-se pelo terceiro lugar, com 496 773 votos, atrás de Marcelo Rebelo de Sousa e de Ana Gomes. O resultado até levou do líder do Chega a demitir-se do cargo, uma vez que falhou o objetivo de conseguir 15% dos votos e de ficar à frente da socialista.
Os nomes certos e os mais falados
Luís Marques Mendes foi o primeiro a oficializar a candidatura ao Palácio de Belém. Na sua terra Natal, em Fafe, o antigo presidente do PSD comprometeu-se a ser o candidato de todos os portugueses, prometendo uma "magistratura de isenção". Também a deputada da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, anunciou a entrada na corrida a Belém durante a convenção dos liberais. Na altura, vincou que é uma candidatura "da liberdade contra o medo", com o objetivo de representar "o espaço liberal".
Para breve estará também o anúncio de Gouveia e Melo, que lidera as sondagens às presidenciais. O avanço é dado como certo, sobretudo tendo em conta as últimas aparições públicas do almirante na reserva. Ainda na semana passada, defendeu que “a bem do sistema democrático”, o país deve ter um presidente da República “isento e independente de lealdades partidárias”, rejeitando que o chefe de Estado seja um “apêndice de interesses partidários”.
Mais difícil está o nome que o Partido Socialista vai apoiar. Na dianteira estão António José Seguro, antigo presidente do PS, e António Vitorino, presidente do Conselho Nacional das Migrações. À saída da conferência da SEDES Jovem sobre o futuro do país, Vitorino referiu que tem o seu " próprio processo de decisão e peço que o respeitem". Já António José Seguro lançou um movimento pela democracia como rampa para uma possível candidatura presidencial.