Ventura apela ao voto pela "saúde da democracia" e pede ao Chega que cumpra as regras
O presidente do Chega, André Ventura, apelou este domingo aos portugueses que votem nestas eleições, alertando que está em causa a "saúde da democracia".
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"É a saúde da democracia hoje que está em causa. Acho que todos devem votar, independentemente do que seja, não deixem é que os outros escolham por vocês hoje. Façam a vossa escolha, saiam de casa, escolham o futuro do país, independentemente do que seja, independentemente de quem seja. Hoje está nas nossas mãos", apelou.
André Ventura falava aos jornalistas depois de votar numa escola na freguesia do Parque das Nações, em Lisboa, onde reside.
"Por amor de Deus, votem. Saiam de casa, não deixem ninguém escolher por vocês, não se fiquem a queixar nas redes sociais, nas televisões, nos jornais, saiam de casa e votem", afirmou.
Ventura referiu que “a abstenção é sempre um risco, não é um risco para um partido, é um risco para toda a democracia”, e defendeu que “a saúde da democracia não fica boa quando as pessoas não vão votar”.
O líder do Chega considerou que “é sempre um risco em democracia” a existência de “muitos atos eleitorais todos juntos e consecutivos”.
“Eu penso que as pessoas percebem o momento, digamos assim, a carga toda do momento em que estamos. As pessoas vão escolher não só um parlamento, mas um governo, na verdade, um governo que vai governar durante o próximo ano num contexto constitucional específico também, e isso significa que não devem deixar nas mãos de outros essa oportunidade, devem escolher eles”, salientou.
Ventura foi também questionado sobre a agressão de que presidente da junta de freguesia de Santa Maria Maior (Lisboa) diz ter sido alvo por um alegado apoiante do Chega, e condenou o incidente.
“A nossa forma de revolta, digamos assim, é o voto. É pacífica, é cumprir as regras, é de forma democrática, é indo votar”, respondeu.
Ventura considerou que “muita gente está revoltada, muita gente quer uma mudança” e sustentou que “hoje é o dia de mostrar isso, de votar, não é nem com agressividade, nem com comportamentos menos próprios”.
“Se queremos um país que cumpra regras, nós temos que ser os primeiros a cumprir regras e a dar o exemplo de regras. Por isso, eu dirijo-me a todos, e sobretudo aos nossos apoiantes, se me estão a ouvir agora, manifestem-se pela forma democrática que há de manifestar. Com calma, com firmeza, mas com calma, cumprindo as regras, indo votar, para conseguirmos mudar as coisas pelo voto”, salientou.