Ventura declara vitória: "Os emigrantes revoltaram-se para dizer que querem um país diferente"

Em declarações aos jornalistas na sede nacional do partido, em Lisboa, Ventura sublinhou que "os emigrantes, melhor do que ninguém, conseguem identificar os fracassos de Portugal em tudo o que foi destruindo o pais nos últimos anos", razão pela qual, prosseguiu, se revoltaram "com firmeza", votando e pedindo "um país diferente". 

André Ventura afirmou ainda que, segundo as últimas informações disponibilizadas, o socialista Augusto Santos Silva deverá perder o mandato pelo círculo fora da Europa para o Chega, o que diz representar "a vitória da humildade sobre a arrogância". 

"É o início de uma nova era"

O líder do Chega destacou igualmente que o partido atingirá a marca histórica dos 50 deputados, o que representa o fim do bipartidarismo no país. "É o início de uma nova era", referiu, acrescentando que, a confirmar-se a vitória provável da AD nas eleições, tudo fará "para se alcançar uma plataforma de estabilidade". "É a primeira vez em muitas décadas que a Direita tem uma maioria tão expressiva. Não há mesmo dúvidas. O Chega e o PSD têm uma amplíssima maioria parlamentar", constatou.

Disponível para viabilizar orçamento retificativo

André Ventura manifestou-se disponível para  viabilizar um orçamento retificativo que seja apresentado por um governo da AD se acolher as reivindicações das forças de segurança e dos professores e diminuir impostos.

"Se o orçamento retificativo se cingir em matéria de correção ao outro orçamento do PS a três ou quatro pontos, o Chega está aberto a verificar a possibilidade de o avaliar. Se equiparar o suplemento de missão aos polícias, se recuperar o tempo de serviço dos professores, se conseguir dar aos enfermeiros algumas das suas revindicações históricas, se diminuir impostos, porque temos aqui uma altíssima carga fiscal... se este retificativo conseguir dar sinais nestas matérias, o Chega está disponível para trabalhar e para o avaliar, e para o viabilizar", afirmou.