André Ventura deixou, durante um almoço de campanha em Viana do Castelo, um desafio a Luís Montenegro: “Se está mesmo a sério nisto da corrupção, hoje quando tiver o seu comício da noite, tem uma oportunidade de dizer ao país: 'como não compactuamos com corrupção, não darei apoio ao doutor Miguel Albuquerque'”.
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“A pergunta é o que é que Luís Montenegro vai fazer agora. É a prova do algodão, como ele dizia sobre o Chega”, reforçou num almoço-comício, num restaurante junto à praia, com algumas centenas de apoiantes e ao lado do cabeça de lista do Chega em Viana, Eduardo Teixeira, dissidente do PSD.
Em causa está a entrega da candidatura esta quarta-feira pelo presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, às eleições internas do partido, agendadas para 21 de março, apesar de ser arguido num processo sobre suspeitas de corrupção.
O líder do Chega escolheu, de resto, para a ação no Alto Minho, a agricultura e as pescas como temas principais, criticou as atuais “mil taxas” aplicadas à produção agrícola e deixou promessas para o setor primário.
“Haja maioria no Parlamento, em que o Chega seja incontornável, isto vai mesmo ser trazido nos primeiros dias de legislatura, um grande programa nacional de apoio à agricultura e pescas, que inclua desde logo a redução para menos de metade das taxas sobre a agricultura, redução do gasóleo agrícola e dos impostos sobre os adubos e fertilizantes. Ainda que outros hoje queiram espantar-nos com o Ambiente, nós não temos medo e serão os agricultores e os pescadores a nossa prioridade”, declarou.
Do comício a Norte, André Ventura despediu-se com as certezas do fado “Havemos de ir a Viana” de Amália: “O Chega nunca sentiu este apoio na vida. É quase como se fosse o meu sangue a dizer-me que vamos ganhar. (…) É quase que aquela estrofe que dizia, ‘se o meu sangue não me engana, como engana a fantasia, havemos de ir a Viana, ó meu amor de algum dia”.