Frente a frente entre Marcelo e líder do Chega foi o que teve mais espectadores nos últimos oito anos.
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Marcelo e Ventura protagonizaram, até à sexta-feira passada, o debate mais visto das presidenciais. O atual presidente da República e o líder do Chega sentaram-se no estúdio da SIC, com Clara de Sousa, a 6 de janeiro, e foram vistos por mais de um milhão e 800 mil espetadores, segundo dados da GFK e da Comissão de Análise de Estudos de Meios.
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Uma marca impressionante e que coloca este debate presidencial como o mais visto nos últimos oito anos. Segundo nota da SIC, "excluindo os debates eleitorais transmitidos em simultâneo pelos canais SIC, RTP e TVI, como o das últimas legislativas, o frente-a-frente entre Marcelo e Ventura foi o debate político mais visto desde que existe o novo painel da Gfk, iniciado em 2012", ou seja, em oito anos.
O segundo lugar ficou entregue logo no dia seguinte, com a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda, Marisa Matias, e Ventura a trocarem acusações na SIC, diante de um auditório de um milhão e 568 mil pessoas. Na sexta-feira, na TVI, diante do pivô Pedro Mourinho, Ana Gomes (militante do PS e apoiada pelos partidos Livre e PAN) e André Ventura foram vistos por mais de milhão e 200 mil espectadores. Fora do pódio, é Marcelo quem tem conquistado mais auditório. No caso, foi logo a 4 de janeiro e diante de João Ferreira, candidato do PCP, com um milhão e 60 pessoas a assistir ao debate.
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Contas de audiências feitas ainda antes de um dos debates mais aguardados ter acontecido: o que juntou o presidente da República e a socialista Ana Gomes, e que teve lugar ontem à noite.
Os dados dizem respeito a encontros que foram emitidos em sinal aberto, mas houve mais no cabo. Porém, até pela dimensão do auditório, têm audiências médias mais baixas.
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Além dos outros dois frente-a-frente de ontem (Marisa Matias e Tiago Mayan; Vitorino Silva e João Ferreira), está ainda previsto um debate com todos os candidatos, a 12 de janeiro, na RTP, às 22 horas.
Vitorino Silva - candidato do partido RIR e mais conhecido por Tino de Rans - é o que mais debates tem por fazer até 24 de janeiro. Além dos canais de informação associados aos generalistas, tem também uma ronda no Porto Canal, entre 17 e 22 de janeiro, em horário a definir.
O comentador Marcelo morreu no dia em que nasceu o presidente Marcelo. Não voltarei a ser comentador
Debate com Vitorino Silva na RTP3 (7/01)
Não sou manipulado por ninguém. Não admito que o senhor deputado diga aqui o que não diz nas audiências em Belém. Usa outra conversa e outro tom. É o deputado e presidente [de partido] André Ventura
Debate com André Ventura na Sic (6/01)
Estas eleições não são uma coroação. Estou aqui porque houve uma falta de comparência do meu partido
Debate com Tiago Mayan Gonçalves na TVI24 (7/01)
Estávamos no tempo da ditadura da TINA (There Is No Alternative), e eu acredito mais no Tino. Na TINA não acredito
Debate com Vitorino Silva na RTP3 (6/01)
Só fico um pouco espantado porque sabia que vinha debater comigo, não vinha debater com o Rato Mickey, sabia que eu lhe ia rebater todos os argumentos, sabia que ia perder. Talvez por isso as suas sondagens são tão más. É porque não consegue desenvolver uma ideia sem me atacar. Mas teve azar hoje porque vinha preparado para acabar consigo
Debate com Marisa Matias na Sic (7/01)
Gostava de mostrar ao candidato Marcelo Rebelo de Sousa esta fotografia, que mostra tudo o que a minha Direita não é. Juntou-se com bandidos, um deles é um bandido verdadeiramente, que tinham atacado uma esquadra policial e, quando o presidente Marcelo Rebelo de Sousa foi visitar o Bairro da Jamaica, foi visitar os bandidos, não foi visitar as polícias. Só tirou a fotografia à bandidagem
Debate com Marcelo Rebelo de Sousa na Sic (6/01)
Não é a propriedade pública de tudo e mais alguma coisa. É coexistência de propriedade pública com propriedade privada e existência de propriedade pública em setores importantes
Debate com Tiago Mayan Gonçalves na TVI24 (6/01)
Eu não teria promulgado alterações à legislação laboral que desorganizaram a vida de muitos trabalhadores por via do banco de horas, que deixaram os jovens perante situação de maior vulnerabilidade
Debate com Ana Gomes na RTP1 (5/01)
Não poderia dar posse a um Governo com um ministro que defende o segregacionismo e a discriminação das pessoas com base na sua cor da pele. Um presidente que proteja a Constituição não pode dar posse a um Governo que dependa de um ministro racista
Debate com André Ventura na Sic (7/01)
O que sabemos de André Ventura é que é um candidato que não quer que as pessoas saibam o que apresenta no seu programa, que está sistematicamente a mentir ao eleitorado, que tem toda a força em relação aos mais fracos, mas não tem uma palavra em relação ao poder económico a não ser ajudá-lo a fugir para paraísos fiscais. André Ventura é cobarde, troca-tintas. Na realidade, é um vigarista
Debate com André Ventura na Sic (7/01)
Ficou muito claro: para André Ventura, é preferível cortar 15 milhões de RSI para os ciganos a cortar quatro mil milhões para a TAP...
Debate com André Ventura na SIC Noticias (5/01)
Ana Gomes gosta tanto de falar de corrupção e de lançar anátemas, mesmo quando os processos não estão terminados... Essas campainhas de alarme nunca soaram quando andava com Sócrates. Quando Sócrates era um vencedor, andava com ele. Quando Sócrates começou a perder, Ana Gomes juntou-se à campanha de ataque pessoal a Sócrates
Debate com Ana Gomes na TVI 24 (7/01)
O mar não traz só pedras, também traz pessoas, e traz pessoas de todas as cores. E há muita gente que vem por esse mar à procura de um terreno firme. Mas, às vezes, criam muros
Debate com André Ventura na RTP3 (dia 4/01)
Ninguém vai votar na direita ou na esquerda nestas eleições. A direita e a esquerda não vão a votos. São as pessoas que vão a votos. Na minha rua, quando subo, a casa fica à direita, e, quando desço, à esquerda
Debate com Marcelo Rebelo de Sousa na RTP3 (dia 7/01)