
Vereadora Catarina Miranda
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A vereadora Catarina Miranda, eleita pela candidatura PS/PAN, vai assumir pelouros na Câmara de Braga, juntando-se aos três membros da coligação PSD/CDS/PPM, liderada por João Rodrigues, que mesmo assim vai governar sem maioria.
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Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a autarquia refere que Catarina Miranda, que foi a número dois da candidatura da coligação Somos Braga (PS/PAN), "passa, a partir desta data, a exercer o seu mandato na qualidade de vereadora independente", assumindo os pelouros da Cultura, do Património Cultural e da Educação Artística.
Os restantes pelouros são distribuídos pelos eleitos da coligação Juntos por Braga (PSD/CDS/PPM), que venceu as eleições, cabendo ao novo presidente, João Rodrigues, tutelar as áreas da Administração Municipal, dos Recursos Humanos, da Relação com as Freguesias, do Planeamento, do Urbanismo, da Reabilitação Urbana, da Mobilidade, da Habitação, das Atividades Económicas, da Inovação e Tecnologia, e a ainda das Relações Institucionais, com as Universidades e Cooperação Internacional.
O vice-presidente, Altino Bessa, fica com as Obras Públicas, a Gestão do Espaço Público, o Ambiente e Espaços Verdes, a Sustentabilidade, a Segurança Municipal, a Fiscalização, a Proteção Civil e o Desenvolvimento Rural.
Já a vereadora Hortense Santos terá a seu cargo a Educação, a Coesão Social, a Juventude, o Desporto, a Saúde, a Igualdade e Inclusão, a Participação Cívica e o Associativismo.
"Diálogo leal e permanente"
No comunicado, o município refere que, após as reuniões promovidas por João Rodrigues com todas as forças representadas no executivo municipal, "ficou clara" a "abertura para um diálogo leal, permanente e construtivo entre o presidente da Câmara Municipal e todos os eleitos, independentemente da força política" que representam.
"Este compromisso comum assenta na ideia de que o interesse do concelho de Braga está acima de qualquer lógica de grupo, privilegiando-se a procura de soluções e a capacidade de entendimento sobre as matérias essenciais para a vida dos bracarenses", refere o texto.
Segundo a Câmara de Braga, "estas reuniões permitiram identificar áreas concretas de convergência e de trabalho conjunto, bem como espaços de diferenciação política que serão respeitados com total transparência democrática".
"Em todas elas ficou reforçada a vontade de cooperação institucional, criando as bases para uma governação plural, estável e responsável, centrada na procura de soluções concretas para os desafios de Braga, assegurando que todos os eleitos podem contribuir ativamente para o futuro do concelho", acrescenta.
Com pelouros distribuídos por apenas quatro dos 11 elementos do executivo municipal, João Rodrigues assumiu o "compromisso de continuar a reunir com os eleitos da oposição numa base regular, mantendo em aberto todos os cenários".
Vitória tangencial
A coligação PSD/CDS/PPM venceu as eleições autárquicas do dia 12 de outubro, mas sem maioria, tendo obtido três mandatos, tantos quantos a coligação PS/PAN e o movimento independente Amar e Servir Braga. A Iniciativa Liberal e o Chega elegeram um vereador cada um.
O cabeça de lista do PS/PAN, António Braga, renunciou ao mandato e não tomou posse, o que levou à entrada de Martinha Rocha no executivo municipal. Com a passagem de Catarina Miranda à condição de independente, o PS/PAN fica agora apenas representado pelos vereadores Pedro Sousa e Martinha Rocha.
O executivo integra ainda os eleitos do movimento independente Amar e Servir Braga, Ricardo Silva, Mário Meireles e Marta Mendes, o vereador da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, e o vereador do Chega, Filipe Aguiar.

