Bruno Bessa, vice-presidente da Comissão Política Nacional da JSD, apresentou a sua demissão após ter defendido eleições para esta estrutura na sequência da polémica que envolveu o líder da "jota", João Pedro Louro, com notícias de alegado abandono do avô e do tio.
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O dirigente, que comunicou a sua decisão aos órgãos do partido e militantes, considerou que as notícias vindas a público sobre a família do presidente da JSD "têm, naturalmente, impacto na credibilidade e reputação" daquela estrutura e "devem merecer uma clara, transparente e perentória resposta política”.
Bruno Bessa defende que a melhor resposta para estes danos é devolver o poder às bases e permitir que os militantes se pronunciem, para a JSD "relegitimar" a sua posição junto da sociedade e restabelecer a relação de confiança com os jovens. “É absolutamente crítico ter uma JSD sem mácula”, argumenta, na hora da saída.
O também presidente da Distrital do Porto da JSD conta que partilhou aquela posição com o presidente da JSD e com a totalidade da Permanente da Comissão Política Nacional (CPN), mas que "esta solução não mereceu o acolhimento desta equipa". "Nem do seu presidente, que tem toda a legitimidade para não acolher as minhas sugestões, bem como para entender que o dano reputacional e político em apreço deve ser dirimido em exclusivo pelo visado no foro privado", acrescenta.
"Neste momento, sinto insustentabilidade nas minhas condições de trabalho na CPN que, conjugado com a frustração dos meus ideais e convicções da forma de como se deve estar na política, motivam a minha saída", justifica ainda.
A polémica que atingiu João Pedro Louro surgiu com a revelação de um programa da CMTV de que o avô e o tio, que sofrerá de perturbações mentais, viviam rodeados de lixo, na casa da família de Odivelas. E o pai do presidente da JSD, Pedro Louro, demitiu-se da presidência da concelhia de Alcochete do PSD.