Vídeos "forjados" usam imagem de bispo José Ornelas para divulgar "pomada terapêutica"
Diocese de Leiria-Fátima denuncia a "apropriação abusiva" da imagem de José Ornelas e António Marto e já comunicou a "fraude" às autoridades, apelando ainda à denúncia dos vídeos que estão a circular nas redes sociais.
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As imagens do cardeal António Marto e do bispo de Leiria-Fátima, José Ornelas, estão a ser usadas em vídeos "forjados", divulgados nas redes sociais, para a promoção de uma pomada supostamente "terapêutica". O caso é denunciado pela diocese, que já participou a "fraude" às autoridades.
O portal "24Sapo" conta que, num dos vídeos António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima, aparece com as vestes vermelhas de cardeal a descrever uma condição de saúde que alegadamente o levaria a comprar uma "pomada" que aliviaria a osteoartrite, diferente do que há nas farmácias ou do que seria prescrito pelos médicos. O mesmo tipo de conteúdos tem sido partilhado com a utilização da imagem do atual bispo da diocese, José Ornelas.
"Um olhar e ouvido atentos - uso de sotaque e sintaxe brasileiros, uma ligeira sombra na zona dos lábios, o tom de voz e expressão desajustados - levam imediatamente a concluir que é falso", esclarece a diocese, na legenda da frame de um dos vídeos.
Em comunicado, a Diocese de Leiria-Fátima alega que os vídeos foram "forjados com tecnologia 'deepfake', que usa inteligência artificial para trocar o rosto de pessoas em vídeos e manipular áudios" e garante que "são evidentemente falsos". Por isso, apela a "todos os que eventualmente acedam a esses conteúdos façam imediatamente a sua denúncia, utilizando as ferramentas que as redes sociais dispõem para o efeito".
"A diocese repudia veementemente a criação e disseminação de conteúdos falsos e manipulados que visam denegrir a imagem das pessoas em causa e, por extensão, da própria instituição. Este tipo de material é enganoso e prejudicial e pretende intrujar os fiéis e o público em gera", pode ler-se naquele comunicado.
O caso já foi comunicado pela diocese às autoridades, por "os vídeos teremnotórios indícios de fraude".