O antigo ministro Vieira da Silva levantou hoje o congresso do PS ao manifestar-se intranquilo com o ataque aos fundamentos do Estado de Direito em Portugal, dando o exemplo do ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, que foi escutado durante quatro anos.
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"Foram democratas, muitos deles do PS, que criaram o atual Estado de Direito e a separação de poderes e não aceitamos lições de ninguém nessa dimensão", afirmou o antigo ministro do Trabalho, no último dia do congresso socialista, em Lisboa.
"Tenho de dizer que não estou tranquilo quando lemos a notícia de que um membro do Governo [João Galamba] foi escutado quatro anos", acrescentou.
De acordo com Vieira da Silva, essa notícia não foi desmentida. Nesse sentido, o socialista frisou que se essa prática "for legítima é grave, [mas] se for ilegítima também é grave".
"É sempre grave quando vemos que se está a pôr em risco os fundamentos da liberdade, da democracia e do Estado de Direito", acentuou o antigo governante.