Ana Rita Nóbrega, nascida e criada em Vila Real, tem 28 anos. O gosto pelos bombeiros começou quando o irmão a convenceu a ir , com 13 anos, para a fanfarra da Cruz Branca. Um pouco contra a vontade do pai, mas nunca mais os largou. Fez o percurso de formação até aos 18 anos e atualmente integra uma das equipas permanentes encarregadas de assegurar a prevenção, primeira intervenção e socorro no túnel do Marão.
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A paixão pelos bombeiros, o espírito de sacrifício para salvar bens e pessoas, correm nas veias de Ana Rita Nóbrega, vila-realense de gema que respira a cidade e se orgulha de lá ter nascido e nela viver. Integra a Cruz Branca, uma das duas corporações ali sediadas e que há poucos anos saiu mesmo do centro para umas novas instalações, modernas e mais bem situadas, junto ao IP4. Se a sirene toca desunha-se para poder ir para a frente de combate a um incêndio, por exemplo, porque é aí que se sente realizada.
"O que mais me custa é ver ir os meus colegas e eu ter de ficar", suspira. Mesmo que já tenha passado por situações aflitivas em fogos florestais, ao ponto de pensar: "É hoje que não saímos daqui". Felizmente, sempre saiu. De onde não saiu foi de Vila Real. Cidade natal que vê em constante evolução. "Cada vez mais vale a pena viver aqui".
Explica que "estão a aumentar as ofertas de trabalho, de saúde e de cultura". Na verdade, "não é preciso sair daqui para nada, pois há cá de tudo". E desde que abriu o túnel do Marão "o que estava longe ficou mais perto". Até a confusão no trânsito "mostra a evolução da cidade". Sim, em Vila Real também há horas de ponta, filas e menos paciência. "Há uns anos dava a impressão de que nem vivia cá gente e agora é o que se vê", vinca Ana Rita.
Apesar deste aspeto menos positivo, a bombeira enche a boca com o "sossego e a segurança", destacando o Centro Histórico onde sempre se sentiu bem, para garantir que a sua cidade é "um ótimo lugar para se viver". Até porque "tem o campo e a serra logo ao lado", particularidade que valoriza muito.