Em seis meses, registaram-se 948 infeções por Monkeypox em Portugal. A circulação do vírus abrandou - foi detetado apenas um caso em novembro - mas as autoridades de Saúde mantém a vigilância. Já foram vacinadas 1190 pessoas e a campanha mantém-se para as pessoas de risco.
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Numa nota enviada às redações, esta sexta-feira, o Ministério da Saúde refere que seis meses depois de ter sido declarado em Portugal o surto causado pelo vírus Monkeypox, foram contabilizados até à data 948 casos.
Este mês foi detetado apenas um caso, "o balanço mais reduzido desde o início da epidemia". "É um balanço muito positivo, mas não significa a erradicação do vírus, pelo que se manterá a vigilância", acrescenta.
Assim, e apesar da baixa circulação do vírus atualmente, a tutela recomenda fortemente a vacinação das pessoas em risco. "A vacina para Monkeypox mantém-se com marcação prévia, mediante o cumprimento de critérios de elegibilidade", informa.
O gabinete do ministro Manuel Pizarro assinala que "a resposta a este surto reforçou a importância da colaboração entre profissionais de saúde, associações de base comunitária, pessoas e setores mais afetados pela infeção".
No comunicado, recorda que "Portugal foi um dos primeiros países a detetar casos de infeção por Monkeypox", um surto com características diferentes de situações anteriores, e que viria a tornar-se uma emergência de saúde pública de âmbito internacional.
Foi por isso necessário, em Portugal e nos outros países, "identificar os principais sintomas, períodos de incubação e vias de transmissão, de forma a informar e definir medidas de prevenção eficazes e interromper cadeias de transmissão".
A partir de julho, disponibilizou-se a vacina. Inicialmente escassa serviu apenas os contactos de casos, sendo depois alargada a outras pessoas em maior risco. "Até ao momento foram vacinadas 1190 pessoas", descreve o Ministério da Saúde.
Elogiando o empenho da Direção-Geral da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e da comunidade "na abordagem atempada e serena deste surto", a tutela reconhece o "contributo decisivo da sociedade civil nesta resposta".
Em particular do centro comunitário Checkpoint LX do GAT - Grupo de Ativistas em Tratamento, que esta semana foi visitado pela Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e pelo delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, António Carlos Silva.
Aquele foi um dos locais onde foi dado o alerta precoce para a circulação do vírus Monkeypox em Portugal. "Com uma longa experiência na prevenção e resposta a infeções sexualmente transmissíveis, o Ministério da Saúde reconhece todos os esforços desenvolvidos e a enorme qualidade do trabalho desta organização, nomeadamente o seu contributo para diagnosticar a infeção e na vacinação, bem como a criação de uma linha telefónica de apoio nesta área", acrescenta o comunicado.