O Conselho Permanente da Conferência Espiscopal não esconde o "júbilo pascal" pela visita que o Papa Bento XVI fez a Lisboa, Fátima e Porto, manifestando também "gratidão ao povo português", às "entidades públicas" e aos "meios de comunicação social".
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Tal como os bispos portugueses, também Bento XVI, depois de regressar a Roma, não perde uma oportunidade para revelar a sua satisfação de ter visitado o nosso país, particularmente o santuário de Fátima, parecendo confirmar a Imprensa internacional que diz que há um "antes" e um "depois" no seu pontificado, após ser acolhido entusiasticamente pelos portugueses.
Os bispos enaltecem a "corrente de profunda e simples humanidade" que "percorreu distâncias e aproximou tantas pessoas, irmanadas na busca de sabedoria e na procura de serenidade para as enormes apreensões do futuro". Dizem mesmo que houve uma "experiência de irradiante afecto (…), sem visar atingir ninguém, sem pretender competir com outros" e que se distinguiu como "momento festivo (…) para louvar a Deus, comungar com os irmãos, nunca esquecendo os mais gravemente atingidos pela situação económica que atravessamos".
Com tanta alegria e agradecidos, insistem os bispos, a Igreja Católica tem necessidade de "ir ao encontro das pessoas como elas vivem e são", e como se manifestaram no acolhimento caloroso do Papa. Em Igreja, as comunidades cristãs têm, de modo especial e responsável, de renovar "a qualidade de ofertas rituais, em ordem a assumirem, com fervor espiritual, os espaços da festa cristã".
Os bispos reconhecem que o Papa deixou à Igreja Católica em Portugal "mensagens e orientações", que devem ser hoje estímulos para renovados "projectos pastorais".Daí a necessidade de atenção da Igreja, especialmente "no incentivo inovador da caridade, na valorização missionária e nas propostas de uma cultura credível e convincente".
A Conferência Episcopal Portuguesa promete que, em Junho próximo, dará a conhecer "algumas linhas orientadoras, como itinerário sinodal proposto para repensar a pastoral em termos de uma unidade nacional, sem prejudicar as particularidades de cada diocese". Por isso e para isso, os bispos continuarão "a revisão pastoral", que, por sua iniciativa, já está a ser preparada através dos conselhos diocesanos, para que a Igreja em Portugal entre numa nova fase de renovação.