Vítimas dizem ser impossível medir o sofrimento e pedem valor igual.
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Algumas das vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica não concordam com o modelo proposto pelo Grupo Vita de atribuir indemnizações com valores distintos.
“Há opiniões diferentes, ainda não temos um consenso. Eu discordo do escalonamento de indemnizações, porque não sei que fita métrica é que o Grupo Vita tem para medir o sofrimento, é impossível medir. O próprio bispo José Ornelas disse que o sofrimento não tem preço. Uma pessoa abusada durante um ano pode sofrer muito mais do que outra abusada durante cinco anos, depende da sua capacidade de superação, ambiente familiar e pessoal”, diz António Grosso, dirigente da Associação Coração Silenciado e vítima de abusos, que defende ainda que a Igreja deveria seguir o modelo suíço, que pagou 26 mil euros a 12.500 vítimas.