Vítimas serão ouvidas novamente. Montantes compensatórios serão decididos por duas comissões.
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Os pedidos de compensação financeira para as vítimas de abusos sexuais na Igreja Católica vão ser analisados por duas comissões, uma das quais avalia os factos e outra os montantes a atribuir. A estrutura e o regulamento das comissões de avalição foram revelados, esta quinta-feira, pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e já foram contestados pela Associação Coração Silenciado que representa as vítimas e abusos cometidos por membros da Igreja Católica em Portugal. “É mais um julgamento das vítimas e não dos abusadores”, disse ao JN António Grosso, presidente da Coração Silenciado.
Em comunicado, os bispos e a Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) já tinham aprovado, por unanimidade, em abril passado, a atribuição de compensações financeiras a vítimas de abusos sexuais, sejam crianças ou adultos vulneráveis, no âmbito da Igreja Católica portuguesa, tornaram públicas as regras para que as vítimas possam apresentar um pedido de compensação.