A insegurança rodoviária agrava-se ano após ano. Há menos pessoas declaradas mortas no local do acidente, mas as estradas portuguesas estão cada vez mais perigosas.
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E em 2018, a diferença entre as mortes no local e as ocorridas nos 30 dias seguintes atingiu o valor mais alto da década: um aumento de 167 vítimas (32,9%).
Desde o virar do milénio, Portugal melhorou a sinistralidade. De quase mil mortes por ano, em 2010, passou para 563 em 2016. Estas são as mortes ocorridas nos 30 dias após o acidente, o critério utilizado na Europa. Nos dois últimos anos, todavia, o número voltou a subir e as pessoas ouvidas pelo JN acreditam que a falta de investimento em segurança rodoviária implica que mais portugueses continuarão a morrer nas estradas, divergindo do resto da Europa.
Em 2018, de acordo com o indicador utilizado na Europa, a sinistralidade foi a causa direta de 675 mortes, mais 73 do que em 2017 - o mais alto desde 2012.
O valor de 2018 foi divulgado há duas semanas. Com maior rapidez, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) revela as mortes no local do acidente ou a caminho do hospital. E este número baixou, de 510 para 508 no ano passado. Ou seja, se os registos mais imediatos mostram que se morreu menos, nas contas a 30 dias o número está a subir há dois anos, invertendo uma tendência de décadas.
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