Os membros do partido Volt Portugal aprovaram em congresso, este sábado, a introdução nos seus estatutos de um modelo de co-liderança por duas pessoas de géneros não-coincidentes. Ana Carvalho e Duarte Costa são os novos co-presidentes do partido, mas a decisão ainda terá de ser aprovada pelo Tribunal Constitucional.
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Segundo o Volt Portugal, a medida é "única em Portugal" e garante a igualdade de género nas posições de liderança.
Ambos os co-presidentes esperam ver a validação do modelo pelo Tribunal Constitucional ainda este ano.
"Uma co-liderança diversa tem melhores condições de compromisso, de entender realidades diversas e de tomar decisões mais representativas dessa pluralidade", defende o co-presidente Duarte Costa.
Também Ana Carvalho é defensora deste modelo, garantindo a sua eficácia a nível europeu. "A experiência do Volt por toda a Europa e também a nossa neste novo mandato em Portugal, tem sido que duas cabeças diversas presidem melhor do que uma", esclarece a co-presidente em comunicado.
Duarte Costa reforça que, para além de políticas pensadas em âmbito europeu, o partido quer assegurar "novas formas de liderar". "Entre elas, queremos co-lideranças que assegurem a igualdade de género, não só enquanto garantia, como também de boa prática de decisão e representação", conclui.
Para além do reconhecimento estatutário do modelo de co-liderança por duas pessoas de géneros não-coincidentes, foram discutidas e votadas no 3º Congresso de Membros do Volt alterações aos Estatutos que "reforçam o alinhamento do Volt em Portugal com os restantes capítulos do Volt na Europa, além de uma vontade de simplificação administrativa e empoderamento das bases".