Voluntário em Lisboa: “Sinto-me em casa, fazem-nos sentir que fazemos parte daqui”
Mais de 22 mil voluntários estão inscritos na Jornada Mundial da Juventude. Várias famílias acolhem os estrangeiros antes do evento.
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Teresa, nove anos, era a que, dos cinco irmãos, estava mais expectante com a vinda de um estranho para sua casa. Mas, assim que Luís Cruz chegou, foi a primeira a querer aprender espanhol e a tocar os instrumentos que o voluntário da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) já ensinava na Colômbia.
"Ensinou-me a tocar viola e ukulele", diz, timidamente, numa troca de sorrisos cúmplice entre ambos. O jovem colombiano é um dos 22 282 voluntários do evento católico, que se realiza dentro de um mês em Lisboa, que vive em casa de famílias de acolhimento. Para alojarem peregrinos, inscreveram-se 7138 famílias.
Ao vê-lo sentado no meio da família que o acolhe desde fevereiro, nem se percebe que vive ali há tão pouco tempo. "Sinto-me em família", diz Luís Cruz, 31 anos, a sorrir. Nos últimos quase cinco meses, já surpreendeu a sua nova família em Portugal ao cozinhar "patacón" (um acompanhamento típico colombiano) e ensinou quase tudo o que sabe do seu país aos irmãos João, 23, e Afonso, 20, numa troca de experiências culturais diária.