Os autarcas com processos judiciais não deixam de ser reeleitos, mas têm uma margem de vitória mais reduzida se o número de casos for elevado.
As conclusões são de um estudo da Universidade do Minho sobre o impacto nas eleições autárquicas, desde 2009, que revela ainda o aumento da abstenção se os processos estiverem ativos. São sobretudo crimes de prevaricação, abuso de poder e corrupção. Os casos têm vindo a crescer e o pico foi no mandato de 2017-2021, altura em que os eleitores começaram a castigar mais os presidentes envolvidos. Mas a vitória estará garantida pelos apoiantes mais ativos.
Numa altura em que há vários inquéritos em curso - como são os casos de José Maria Costa, ex-autarca de Viana do Castelo e atual secretário de Estado do Mar, e também de Miguel Alves, ex-autarca de Caminha que se demitiu de secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro -, o JN teve acesso a uma investigação que mostra até que ponto a reeleição é afetada.