O polo de Gualtar da Universidade do Minho, em Braga, foi encerrado por tempo indeterminado bem como todos os edifícios partilhados como bares, cantina, biblioteca e espaços desportivos.
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As aulas do curso de Medicina que decorriam fora do campus, em hospitais e centros de saúde também foram suspensas.
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O encerramento foi decido, este sábado à noite, pelo reitor Rui Vieira de Castro, numa reunião urgente dos elementos que compõem o Plano de Contingência da Universidade do Minho devido à existência de um caso suspeito de um aluno infetado com Covid-19.
No despacho divulgado após a reunião constam dez recomendações, nomeadamente, que "professores, investigadores, trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão e estudantes oriundos de países com casos confirmados de Covid-19 devem voluntariamente submeter-se a um período de quarentena, de 14 dias, após a sua chegada ao país".
"Até que se encontrem disponíveis soluções de desinfeção para colocação ao lado dos terminais de leitura biométrica para controlo de assiduidade, está suspensa a utilização destes equipamentos. O controlo e validação de assiduidade no período em que estiver suspensa a utilização dos referidos terminais será feita pelo respetivo superior hierárquico direto", lê-se ainda.
Em conferencia de imprensa, a ministra Marta Temido referiu o fecho temporário do Instituto de Ciências Sociais (ICS), edifício que alberga o departamento de História da Universidade do Minho, a escola alegadamente frequentada pelo aluno em causa. A reitoria decidiu alargar as áreas encerradas, fechando as instalações da UM em Braga.
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A Direção-Geral da Saúde confirmou, este sábado à noite, que o número de infetados por Covid-19 em Portugal subiu para 21. Entre os novos doentes, três têm menos de 20 anos.
O JN sabe que um dos três jovens infetados é um rapaz de 19 anos, de Felgueiras, que estuda História na UMinho (pode ter sido ele a levar ao encerramento desse edifício). A namorada, que também estará infetada, estuda na Faculdade de Farmácia e tem aulas no edifício do ICBAS, ambos encerrados. A origem destas duas infeções pode ser o tio do jovem, o dono da fábrica "Calçado Fego-Fla", de Lousada, que esteve na feira de calçado de Milão, em Itália.