Portugal somou mais de 26 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas, período durante o qual morreram 22 doentes. O valor da mortalidade de hoje é cinco vezes inferior ao de há um ano, quando havia muito menos casos. O número de internados em enfermaria continua a aumentar. E quase meio milhão de pessoas está hoje infetada ou sob vigilância das autoridades de saúde.
O boletim da Direção-Geral da Saúde reporta, este domingo, mais 26 419 infetados face a sábado, o que eleva para 1 639 846 o número total de casos confirmados desde março de 2020. O número de novos contágios é inferior aos dos últimos dias, mas convém ter em conta que, aos domingos, o saldo é sempre inferior, dado o encerramento de laboratórios e a consequente redução da realização de testes de diagnóstico aos fins de semana.
A maioria dos casos continua a estar concentrada na região de Lisboa e Vale do Tejo, que hoje soma mais 11 370 infeções. No continente, segue-se o Norte, com 9516, o Centro, com 2640, o Alentejo, com 885 e o Algarve, com 698. Na Madeira, há mais 1024 contágios e nos Açores 286.
Por outro lado, em relação a ontem, recuperaram da doença mais de 10 mil pessoas, havendo, ao todo, mais de 273 mil doentes com o vírus ativo (mais cerca de 15 mil do que ontem). Neste momento, quase 500 mil pessoas estão com teste positivo ou sob vigilância das autoridades de saúde.
Mais 22 mortes e 61 internados
Seis dias depois de Portugal ter atingido a marca das 19 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia, foram hoje contabilizados mais 22 óbitos: 11 em Lisboa e Vale do Tejo, quatro no Norte, dois no Centro, dois no Alentejo, dois no Algarve e um na Madeira. Se compararmos com os dados relativos ao dia 9 de janeiro de 2021, há exatamente um ano, quando havia muito menos novos infetados do que hoje (9478), constatamos que o número de vítimas mortais (111) era cinco vezes maior do que as reportadas hoje - o que pode ser explicado, maioritariamente, pela adesão massiva à vacinação.
Quanto ao número de internamentos, que tem registado um aumento de forma consecutiva desde 1 de janeiro, há hoje 61 novos pacientes internados (1449, ao todo), com as unidades de cuidados intensivos a albergarem 150 pacientes, menos três do que ontem.
Na sexta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) alertaram, no habitual relatório das "linhas vermelhas" da pandemia no país, que "a pressão nos serviços de saúde" e "o impacto na mortalidade" provocados pela variante ómicron, "são elevados, com tendência crescente nas hospitalizações".
"Dado o rápido aumento de casos, mesmo tendo em consideração a menor gravidade da variante ómicron, é provável um aumento de pressão sobre todo o sistema de saúde e na mortalidade, recomendando-se a manutenção de todas as medidas de proteção individual e a intensificação da vacinação de reforço", referem.