Há 195 mil pessoas a receber o rendimento mínimo, o número mais baixo em 17 anos, e um terço é pago a crianças. Açores e Porto são os distritos onde mais baixou.
O número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) está no valor mais baixo dos últimos 17 anos. É preciso recuar ao ano de 2006 para encontrar um período com tão poucos beneficiários, apesar das dificuldades diárias sentidas pelos portugueses (que já levaram o Governo a pagar apoios extraordinários às famílias: de 60 e de 250 euros) e apesar do Parlamento Europeu estar a discutir o aumento do valor destes regimes. As crianças, as famílias numerosas e as monoparentais são as mais vulneráveis.
Os 195 545 beneficiários do RSI, registados em janeiro deste ano, representam o número mais baixo em 17 anos. A redução do número de beneficiários deve-se à subida dos rendimentos mais baixos por via do aumento do salário mínimo, do emprego e de outros apoios sociais, ao mesmo tempo que o valor de referência do RSI se manteve congelado nos 189,66 euros nos últimos três anos. Quem teve rendimentos médios acima deste valor ficou excluído do apoio. Entretanto, o valor de referência já foi descongelado e, a partir deste mês, sobe de 189,66 euros para 209,11 euros, o que deverá resultar num aumento do número de beneficiários que ainda não consta das estatísticas.