
Luís Miguel Sousa / Global Imagens
A greve dos enfermeiros agendada para os dias 3 e 4 de novembro vai ser desconvocada este sábado, apurou o JN junto de fonte sindical. A crise política originada pelo chumbo do Orçamento do Estado está na base da decisão.
O anúncio vai ser feito este sábado. Os enfermeiros iam protestar a 3 e 4 de novembro, mas entendem que a paralisação já não vai ter o efeito pretendido quando Portugal se encontra num cenário de crise política e sem o Orçamento do Estado para 2022 aprovado.
A paralisação tinha sido convocada em outubro para reivindicar maior diálogo com o Ministério da Saúde e solução para problemas antigos que afetam a classe, como o descongelamento de carreiras, a correção das deficiências do sistema de contagem de pontos e de avaliação, a resolução das situações de precariedade, o pagamento das horas extraordinárias em atraso e a contratação de mais profissionais.
Foram sete os sindicatos que se uniram para convocar a paralisação, nomeadamente o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, o Sindicato dos Enfermeiros, a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros, o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem, o Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira.
Quando a proposta de Orçamento do Estado foi apresentada, vários sindicatos agendaram paralisações. Com o chumbo da proposta, os farmacêuticos foram os primeiros a desconvocar a greve e, agora, os enfermeiros seguem o mesmo caminho. Para já, as greves dos professores e dos médicos mantêm-se.
