Marcelo Rebelo de Sousa disse, esta terça-feira, que o país vai entrar numa terceira fase do combate à pandemia de Covid-19, em que o "fechamento" deixa de ser foco. No entanto, a retoma da atividade "em pequenos passos" terá de ser acompanhada pelo controlo da situação, com avaliação permanente dos dados.
Corpo do artigo
12125937
No final da reunião com especialistas no Infarmed, o presidente da República resumiu a situação que o país vive neste momento e abriu caminho para o desconfinamento gradual, a ser anunciado pelo Governo mais tarde. Certo é que o Estado de Emergência termina "dia dois à meia-noite". Desengane-se, no entanto, que o país vai retomar a normalidade, alertou Marcelo Rebelo de Sousa.
"Já não é ideia do fechamento drástico e radical, mas de outros instrumentos. Espera-se não ser necessário recorrer ao no futuro novamente ao estado de emergência. Interessa este equilíbrio em que é preciso saber que a contenção é importante, mas os pequenos passos de abertura e avaliação também. Não é a normalidade definitiva".
"As duas coisa são inseperavávei: retoma e controlo da situação", sentenciou.
"O Estado de Emergência desempenhou um papel jurídico, político e psicológico, que correspondia à preocupação de fechar", sublinhou, garantindo no entanto que nesta terceira fase não será necessário renová-lo.
Sobre o confinamento na primeira fase de combate à Covid-19, Marcelo elogiou a adesão da população e afirmou que teve efeito no controlo da pandemia, "baixando os números que tinha de baixar: internados, internados em unidade de cuidados intensivos e óbitos", segundo os dados que recebeu na reunião desta manhã, em que também participou o primeiro-ministro, a diretora-geral de Saúde e os líderes dos vários partidos com assento parlamentar.
Sobre aumentos pontuais na taxa de transmissibilidade do vírus, como aconteceu na região de Lisboa e Vale do Tejo, Marcelo Rebelo de Sousa atribuiu a situações pontuais. Neste caso, o hotel com dezenas de infetados em Lisboa terá feito este valor aumentar.