As chamadas "falsas urgências" não param de aumentar, entupindo os hospitais de doentes que deveriam ter resposta nos cuidados primários. De 1 de janeiro a 25 de novembro, 43% dos episódios de urgência foram triados como não urgentes, mais do que em todo o ano de 2018 (41,8%) e de 2017 (42%).
Em Lisboa e Vale do Tejo, onde faltam mais médicos de família, metade dos doentes que afluem aos hospitais receberam pulseiras verdes e azuis.
O período mais crítico do ano nas urgências aproxima-se e os sinais de rutura estão aí, com serviços assoberbados de doentes (muitos não urgentes) e falta de profissionais. Os problemas no Serviço Nacional de Saúde marcaram o debate de ontem com o primeiro-ministro [ler página ao lado] e hoje voltam ao Parlamento por iniciativa do PSD, que vai interpelar o Governo sobre o estado da Saúde em Portugal.
Desde 2016 que têm vindo a ser implementadas medidas para reduzir a procura das urgências por doentes não urgentes. No Norte, avançaram projetos, mas os resultados nacionais deixam a desejar.
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