O secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira, destaca a necessidade de atrair mais alunos para a formação inicial de professores e de valorizar o seu papel. No encerramento da Conferência Internacional EDULOG2022, nesta quarta-feira, no Porto, o governante disse que há sinais de esperança e oportunidades que têm de serem aproveitadas.
Corpo do artigo
No encerramento da Conferência Internacional EDULOG2022, em Serralves, Pedro Teixeira destacou a importância de atrair novos alunos para a área da educação. "Tem de haver muita reflexão porque não conseguimos atrair alunos para a formação inicial de professores, bons alunos, alunos motivados", afirmou.
O secretário de Estado mostrou-se preocupado com o facto de apenas metade dos candidatos à área da educação o fazerem como primeira opção. De forma a alertar para a importância deste problema, Pedro Teixeira fez um paralelismo: "se fosse a medicina e não conseguíssemos preencher parte das vagas, se os candidatos não se candidatassem na primeira opção e captássemos poucos estudantes com notas altas, isso suscitaria preocupação", alertou.
Pedro Teixeira admitiu a grande necessidade de reflexão, de forma a valorizar a área da educação. "Acho que uma parte da mudança passa por haver muito mais diálogo entre o Ministério da Educação e o Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior", disse, referindo que juntos estão a trabalhar na discussão da questão atual da formação inicial de professores.
Falta formação contínua
O secretário de Estado do Ensino Superior refere que "apesar de tudo, há algumas pistas de mudança e algumas pistas de esperança." Atualmente há programas de formação pedagógica dos docentes e estes tornam-se responsáveis dedicados a essa área, disse, apontando que "é um sinal de reconhecimento e valor institucional".
Pedro Teixeira diz que há um caminho que se está a abrir e que tem de ser aproveitado de forma a perceber o que pode ser feito para atrair mais alunos e com capacidade. Preocupado em valorizar a área e mudar o panorama atual, diz que "estamos muito focados na formação inicial para atrair mais professores mas há um buraco grande que é a questão da formação contínua". "É impensável uma profissão tão exigente, tão dinâmica como a de professor, nós acharmos que se faz a formação inicial e depois não é preciso mais nada", afirmou perante uma plateia de pessoas ligadas à área.