
Em Portugal, já foram detetados 31 focos desde 30 de novembro do ano passado
José Carmo / Global Imagens
A atual época epidémica da gripe das aves é a maior observada na Europa. É isso que revela o relatório, divulgado esta segunda-feira pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar e pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC). Em Portugal, foram detetados 31 focos da gripe aviária entre o final de novembro de 2021 e o final de setembro deste ano. E há reporte de quase 470 mil aves afetadas, desde animais comerciais e domésticos a selvagens.
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O primeiro foco de gripe aviária no país foi detetado, a 30 de novembro do ano passado, numa capoeira doméstica no distrito de Setúbal, segundo os dados disponíveis no site da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Desde então e até 29 de setembro deste ano, já foram confirmados 31 focos de infeção. Destes, 19 dos focos foram descobertos em aves de capoeira ou em aves de cativeiro e 12 em aves selvagens. Os casos verificam-se nos distritos de Setúbal, de Lisboa, de Leiria, de Santarém, de Beja, de Faro, do Porto, de Coimbra, de Aveiro e de Évora.
Olhando para o retrato europeu, entre outubro de 2021 e setembro deste ano, registaram-se 5932 surtos de gripe aviária. França surge como o país com mais casos (1695), seguido da Alemanha (1618).
Sem transmissão humana
De acordo com o ECDC, a época de gripe aviária de 2021-2022 é a "maior observada na Europa", afetando 37 países. Há, no total, 2 467 surtos identificados em aves de capoeira, 48 milhões de aves abatidas e 187 deteções em aves de cativeiro.
Ainda assim, o centro europeu ressalva não ter sido "observada qualquer transmissão humana na União Europeia e no Espaço Económico Europeu nos últimos anos".
A nível mundial, apenas foi reportado um pequeno número de infeções humanas assintomáticas ou com sintomas leves, o que faz com que o "risco global para a população permaneça em níveis baixos".
