
Trabalhadores exigem respostas à ministra da Saúde, Marta Temido
PAULO SPRANGER/Global Imagens
Cerca de 30 trabalhadores invadiram a entrada do Ministério da Saúde num protesto sem aviso prévio, para exigir respostas à ministra Marta Temido sobre questões laborais. Foram retirados por elementos da PSP.
Sebastião Santana, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, explicou à agência Lusa que o que estes trabalhadores reclamam é a resposta da ministra da Saúde à aplicação do contrato coletivo para os trabalhadores dos hospitais EPE das carreiras gerais, como assistentes, auxiliares e administrativos.
Pelas 15 horas, o grupo de mais de 30 funcionários entrou no átrio do Ministério da Saúde, em Lisboa, a gritar palavras de ordem como "ministra escuta trabalhadores estão em luta". Exibiram ainda cartazes com frases como: "fartos de esperar" ou "Exigimos respostas".
Cerca de meia dúzia de agentes da PSP chegaram, pelas 15.30 horas, ao Ministério da Saúde, em Lisboa, começando a retirar um a um os trabalhadores em protesto.
Perante a resistência de alguns manifestantes que se recusaram a abandonar o átrio do edifício, a polícia decidiu forçá-los a sair.
Sebastião Santana considerou um abuso a "forma desproporcionada" como os elementos da PSP forçaram trabalhadores que faziam um protesto no átrio do Ministério da Saúde em Lisboa a saírem das instalações.
A atuação da polícia decorria num momento em que o dirigente sindical era recebido por representantes do Ministério da Saúde, acrescentou.
Os trabalhadores desmobilizaram o protesto pouco depois das 16 horas.
Os motivos do protesto
Segundo Sebastião Santana, os sindicatos e as entidades empregadoras (hospitais) chegaram a acordo quanto à contagem do tempo de serviço para funcionários administrativos e técnicos superiores, mas falta a tutela validar este acordo.
A federação contesta ainda que tenham ficado de fora da última passagem às 35 horas os funcionários do Hospital de Braga, que, entretanto, foi revertido de PPP (parceria público-privada) a EPE (entidade pública empresarial).
De acordo com Sebastião Santana, por via destas duas questões reclamadas, há trabalhadores no Hospital de Braga a ganhar 519 euros por mês, muito abaixo "dos 635 de mínimo para a administração pública".
