O presidente socialista da Câmara de Vila Nova de Gaia, reeleito no domingo com maioria absoluta, Eduardo Vítor Rodrigues, disse olhar para a vitória, "mais do que com euforia, com sincero sentido de responsabilidade".
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"É [um resultado] histórico, no sentido em que é a primeira vez que se obtém um resultado com uma percentagem destas em Gaia e que as 15 juntas de freguesias ficam coloridas a uma só cor partidária, mas eu olho para isto mais do que com euforia, com sincero sentido de responsabilidade", disse à agência Lusa Eduardo Vítor Rodrigues.
Frisando que o resultado não é apenas seu, atribuindo-o também "a uma vasta equipa que trabalhou ativamente", afirmou que "passou por muito" nos últimos quatro anos, quando assumiu uma Câmara que era presidida há 16 anos pelo social-democrata Luís Filipe Menezes e que, nestas autárquicas, concorria contra Cancela Moura, candidato pela coligação PSD/CDS-PP.
"Passei muito durante estes últimos quatro anos em termos institucionais, mas também em termos pessoais. Foi-me movida uma campanha negra e um modelo de fazer política que já não se via nas grandes cidades há muito tempo. Felizmente, antes mesmo do Tribunal me dar razão, deu-me o povo. O povo pronunciou-se e, agora, acho que também fica claro que é possível fazer política de forma reta, com seriedade, com proximidade e sem nos sentarmos num trono, porque ser eleito não é ficar num trono", disse Eduardo Vítor Rodrigues.
O presidente da Câmara reeleito mostrou-se satisfeito com o "reconhecimento das pessoas", mas também valorizou o resultado, dando nota de que este significa uma "nega" à abstenção.
"Mais importante que o resultado ou a expressividade do resultado é o facto de ter sentido que contribui ativamente para baixar a abstenção. Isto demonstra que a abstenção não é um produto do comodismo das pessoas, é muitas vezes o produto da descrença. Porque quando as pessoas acreditam vão votar e foi o que aconteceu", afirmou.
Eram candidatos à Câmara de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues (PS), Cancela Moura (PSD/CDS-PP), Mário David Soares (CDU), Renato Soeiro (BE), Pedro Ribeiro de Castro (PAN), Marisa Ribeiro (PTP), José Viera da Cunha (PDR) e Cristiano Ferreira da Silva (PCTP/MRPP).