
MIGUEL A. LOPES / LUSA
Elina Fraga disse, esta terça-feira, que não está "espantada por todo o ruído que existe" à volta do seu nome.
"Em relação a todo o ruído, eu já tenho mundividência suficiente para perceber que determinados nomes geram reações em alguns poderes instituídos e portanto não me espanta que haja todo este ruído e toda esta reação ao meu nome", observou, em conferência de imprensa , a nova vice-presidente do PSD,após a primeira reunião da Comissão Política Nacional de Rui Rio.
"Os portugueses sabem o que penso da Justiça", declarou.
Sobre o inquérito, conhecido esta segunda-feira, que a PGR está a fazer às contas do seu mandato à frente da Ordem dos Advogados, Elina Fraga reitera que desconhecia o processo. "Nunca fui notificada sobre qualquer diligência ou ato processual".
"Estou absolutamente tranquila com o mandato que fiz, absolutamente determinada em colocar-me ao serviço do meu país, como me coloquei ao serviço da Ordem dos Advogados durante três anos", respondeu aos jornalistas.
Para Elina Fraga, a auditoria às contas da "Ordem dos Advogados tem que ser situada numa luta que existiu na Ordem dos Advogados, que teve a ver com as próprias eleições", "uma luta que foi intensa" e em relação à qual nunca foi chamada, "o que desde logo é estranho".
"A queixa feita no Conselho Superior foi toda ela arquivada. Pedi ao atual bastonário cópia da auditoria logo quando saíram as notícias em novembro. Até hoje não me foi facultada qualquer cópia", criticou.
De acordo com a nova vice-presidente do PSD, aquilo que pôde conhecer da auditoria foi-lhe facultado por um jornalista.
"A Ordem dos Advogados nunca me facultou uma cópia da auditoria", insistiu.
Elina Fraga começou por dizer que "é um privilégio e uma honra estar" no PSD, casa que diz ser sua já há algum tempo.
