
Gonçalo Ramos, Gonçalo Martins e Daniel Guimarães já ganharam um prémio com o projeto das passadeiras inteligentes
Artur Machado / Global Imagens
Três alunos do Porto desenvolveram uma passadeira inteligente, com o objetivo de reduzir a sinistralidade rodoviária. O projeto consiste na instalação de sensores que detetam a passagem dos peões e a passadeira ilumina-se para avisar os automobilistas.
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Gonçalo Martins, Daniel Guimarães e Gonçalo Ramos são alunos de Engenharia Mecânica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e são os responsáveis pela ideia inovadora. O projeto foi concebido para a TecStorm, uma competição de projetos de conetividade para criar soluções para o dia a dia, na qual os jovens pretendiam apresentar "algo que marcasse a diferença", diz Daniel Guimarães ao JN.
A passadeira inteligente começa por detetar a aproximação dos peões. Nesse momento, uma luz branca de pré-aviso liga-se, caso haja pouca luminosidade no local. Quando os peões pisam a passadeira, o sistema deteta a passagem e faz com que se ligue uma luz laranja de aviso para os condutores saberem que está alguém a atravessar. Quando os peões saem da passadeira, a luz laranja desliga-se e os automobilistas ficam a saber que é seguro arrancar.
Os alunos da FEUP aperceberam-se que, todos os dias, ocorrem acidentes nas estradas com peões e muitos acontecem em passadeiras com pouca visibilidade e que não estão sinalizadas. E quiseram "colmatar esta lacuna", conta Gonçalo Martins.
Convencer as câmaras
O projeto ainda não foi implementado nas estradas portuguesas, mas os jovens já tiveram reuniões para ver até que ponto podem desenvolver a ideia. Gonçalo Martins sublinha que o primeiro objetivo consiste em reunirem-se com municípios para instalar um projeto-piloto.
No que toca à implementação, a ambição é colmatar a má visibilidade das estradas. Se os resultados forem bons, tentarão expandir a passadeira inteligente para mais estradas.
Já existem muitas soluções para a segurança rodoviária, mas esta destaca-se pelo baixo custo, alegam. Os estudantes entendem que a proposta pode ser aplicada nas cidades portuguesas. A ideia venceu a 6ª edição da TecStorm, na categoria Vodafone, em abril, e o prémio de melhor protótipo durante a maratona de 24 horas.
