A criação da plataforma de registo único de animais de companhia, o Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC), levou a um acréscimo de 25% na inscrição de cães, de 50% de furões e 126% de gatos. Ainda assim e, apesar da obrigatoriedade introduzida há precisamente um ano da instalação de chips também nos gatos, 90% do total dos 2,6 milhões de animais registados são cães, com a idade média de 6,5 anos.
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Quando em outubro do ano passado se deu a fusão das bases de dados do Sistema de Identificação de Canídeos e Felídeos (SICAFE) e do Sistema de Recuperação Animal (SIRA), estavam registados 1 893 124 cães, 106 554 gatos e 791 furões, adiantou, ao JN, o Ministério da Agricultura.
Com a entrada em funcionamento do Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC), gerido pelo Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários, verificou-se "um acréscimo generalizado de registos de animais de companhia de cerca de 31%", num ano de funcionamento", espaço de tempo em que foram efetuados "mais de 600 mil registos". "Com especial relevância para o registo de felídeos, que aumentou para mais do dobro", destaca o Ministério da Agricultura. De facto, a 25 de outubro de 2019, eram 106 554 os gatos inscritos. Agora, são 241 838, o que representa um aumento de 126%. Em média, os gatos têm 5,5 anos.
Cães mais velhos
Já quanto aos cães, estavam registados 1 893 124 no anterior sistema. Atualmente, são 2 378 897. Ou seja, em apenas um ano, foram inscritos no SIAC mais 485 773 cães, o que representa um aumento de 25,66%. A média de idades dos cães é de 6,5 anos.
Por sua vez, os furões registaram um aumento de 50%. Mais concretamente, a 25 de outubro de 2019, estavam inscritos 791 furões. Com o SIAC, registaram-se mais 400, o que significa que atualmente há 1.191 registados.
No total, entre cães, gatos e furões, estão registados atualmente no SIAC, 2 621 926, o que se revela um aumento de 621 457 face a 25 de outubro do ano passado, quando a plataforma única entrou em funcionamento.
656 estão perdidos
A esmagadora maioria dos bichos registados no SIAC está ao encargo de famílias. Do total de 2,6 milhões de animais de companhia, apenas 0,78% (mais concretamente 18 556) foram inscritos por entidades sem fins lucrativos.
A plataforma única, criada pelo Decreto-Lei n.º º82/2019, de 27 de julho, também visa prevenir o abandono . Por isso, além do registo, é possível usar o SIAC para sinalizar um animal perdido ou que tenha falecido.
Segundo os dados fornecidos pelo Ministério da Agricultura, nos últimos 12 meses, foram dados como perdidos 656 animais. Só entre 25 de outubro de 2019 e o fim do ano passado, perderam-se 282.
