
Nuno Moita
Fernando Fontes / Global Imagens
O presidente da Distrital de Coimbra do PS, Nuno Moita, apresentou a demissão do cargo.
A decisão de Nuno Moita acontece uma semana depois de ter sido condenado a quatro anos de prisão, com pena suspensa, pelo crime de participação económica em negócio, quando integrava o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos de Justiça.
"Com a aproximação da reunião da Comissão Nacional do Partido, marcada para este sábado em Coimbra, a acusação que sobre mim pende afigura-se uma arma de arremesso de grande eficácia populista contra o PS. Bem ponderadas todas as consequências, tomei a decisão de pedir ao senhor secretário Geral do Partido Socialista, Dr. António Costa, a demissão do cargo de presidente da Federação Distrital de Coimbra do partido com o objetivo claro e inequívoco de proteger, defender e salvaguardar a imagem e a boa reputação do PS e dos seus militantes", informa Nuno Moita, em comunicado.
O dirigente socialista assegura a legalidade dos seus atos (está acusado de favorecer uma empresa de Condeixa-a-Nova, onde é autarca) e vai recorrer da decisão do Tribunal.
"Após a decisão de primeira instância que deu razão à tese do Ministério Público, e sobre a qual de imediato manifestei a mais firme intenção de recorrer superiormente, por dela discordar em absoluto, aguçaram-se os ataques à minha pessoa e ao Partido Socialista, a que orgulhosamente pertenço, presidindo com elevado sentido de responsabilidade à Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista", entende.
Nuno Moita é também presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, cargo que mantém.
